janeiro 14, 2009

às vezes não sou eu


É preciso saber o que é ser israelita (judeu, árabe) em Israel. E palestiniano, sim palestiniano, no mesmo lugar e arrabaldes, delimitados a régua e esquadro pelas conveniências. Eu cá não sei. Se calhar nesta montanha de notícias ninguém sabe. E pouco importa. Isso é uma coisa, outra é a desproporcionalidade de meios e a hipocrisia que enlameia os fins. Apesar disso adapto-me à morte como se carregasse um dicionário enciclopédico a tiracolo e consta-me que na Somália (a Etiópia está agora de saída depois de, sem se rir, alegadamente ter arrumado a casa) terão (lá está a merda da estatística) morrido (aproximadamente?) 17.000 pessoas, nas últimas brincadeiras (2 anos), mas já ninguém recorda o assuntinho. E sobre o Zimbabwe fazemos as contas amanhã. Parece que há mortos e mortos e locais mais ou menos aprazíveis e cinematográficos para morrer. 
Entretanto, depois da ronaldisse e dos caminhos gelados, entretém-nos o sr. Oliveira e Costa, de saída daquela pantomina no palco da assembleia da república. A imprensa em terreiro já encontrou um seu conhecido(?) que o definiu como frio e… calculista (apostamos). Antes da lareira se recusar, o sr. D. José Policarpo esfregou (parece) uma lâmpada mágica, mas enfim já não temos o sonho das mil e uma noites. Mais tarde, no porcalhoto ou planeta futebol, dou por mim a receber em bom som o Paulinho a dizer à comunidade: “Olha, toca largo. Pautas de música. Toca e anda-me caçar”.

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