fevereiro 26, 2009

coisas do espírito

O silêncio morde
Endurece as veias
Rasga e borda seu nome
nas sobras do corpo
cingindo-o

Um rosto de pedra
assoma
e mais além cresce

Tudo isto na sombra
de perfil
rente à abóbada de um segundo

"e as paredes brancas", II Poema, in "Poesia em Miniatura" de Fernando P. Ginja, poeta e amigo, desaparecido algures no mundo, qual Rimbaud intrépido, sem arma a tiracolo e bem capaz de se amarrar a qualquer galho. 

adenda: imagem cedida por casoual.files.wordpress.com

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