fevereiro 10, 2010

Viva o Academia de Alcochete

No final de um jogo comovedor e disputado (supostamente) até ao limite da razoabilidade que esta carcaça sustém, o sr. Carvalhal, sem chorar demasiado, destacou os [seus] jogadores, que segundo o próprio, tiveram um comportamento “muito digno”. Se fosse apenas um caso de paranóia passageira, ainda vá, mas o quadro afigura-se de contornos a aflorar o sobrenatural. Após 4 derrotas e encaixe respectivo de 12 golos, Carvalhal está plenamente convencido que é o treinador do Imortal de Albufeira. Os (seus) meninos, esses, convenceram-se que são uma equipa de iniciados denominada Academia de Alcochete, com alguns menos jovens a colorirem uma amizade fraterna, gravitando num mundo de graúdos mauzões, de Magalhães em punho, a fugirem risonhamente aos deveres de casa. As invectivas dos adultos, leia-se, dirigentes, entram a 100 e saem a 200, assim como os piropos (para não dizer outra coisa) dos adeptos, exigentíssimos(!), e já agora, como entram os golos. Esta confraria de mimados, supostamente imberbes (sem esquecer os rapazolas que “mandam”), habita risonhamente um limbo de entremeada felicidade e caixão à cova. Esquecem-se, todos, que antes da sportinguização do seu mundinho, Alexandre o Grande, aos 31 anos, e até antes, já havia conquistado parte do mundo antigo e todas as noutes papava dois garrafões de vinho. Do mal o menos: mandem-nos empalar junto à estrada que não vai dar a lado nenhum…

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