setembro 29, 2012

Mas qual exposição?


Doug Dubois,”My Last Day at Seventeen” - encontros de imagem (Braga Parque); Braga (Inútil).

Não lembra ao diabo, mas lembrou não sei a quem. É aquela coisa de aproximar a arte, ou, para utilizar uma palavra nómada, a cultura (neste caso a fotografia), do centro comercial, enfim, das pessoas, a montanha vai lá, não sei se estão a ver. O braga parque, o local desta exposição, não é especialmente recomendável, mas encaixa no caminho da parquetematização, da simulação, do simulacro dos espaços e das vivências, como registou Baudrillard, simular é fingir ter o que não se tem. Ainda por cima é triste: quem vem de fora nem sabe ao que vem (braga parque é uma galeria?), nem tem que saber (conheço um caso concreto), e depois chegam ali e não acreditam. Outros, da cidade ou de perto, deslocam-se propositadamente, e lá chegados parece que não encontram o sítio, perdem-se procurando e exposição, ou abalroam-na. Os outros todos simplesmente passam. Ninguém vê nada. As pessoas circulam, vão à sua vida, fazem as suas compras, almoçam, e se lhes perguntarem, talvez digam: mas qual exposição?

4 comentários:

Anônimo disse...

::)

é melhor k nada.
mas o blog é fixe:)

Gabriel Pedro disse...

nada já é qualquer coisa? :)

volte sempre

MCS disse...

A foto até é bem lisonjeira já que nem se vê a quantidade de ruído publicitário que está à volta.

Gabriel Pedro disse...

Sim, aquilo nem chega a ser um cenário, não pretende sequer encenar, e o que está à volta prevalece sem problemas. E de resto, ninguém parece estar muito preocupado com isso…

Já lá passei 3 vezes, não vi ninguém a ver a exposição. Isso é o mais triste.