outubro 21, 2012

O tio era: “a imagem vaga de um vasto vinhedo batido pelo granizo”


«Rogron gostava da boa mesa e de ser servido por raparigas bonitas. Pertencia à seita dos egoístas de comportamento brutal, dos que se entregam aos seus vícios e fazem as suas necessidades com todo o descaramento. Ávido, interesseiro, pouco delicado, obrigado a satisfazer as suas fantasias, foi comendo os seus lucros até ao dia em que lhe faltaram os dentes. A avareza manteve-se. Na velhice, vendeu a estalagem, ficou, como se viu, com toda a herança do sogro, e retirou-se para a casinha da praça, comprada por tuta e meia à viúva do tio Auffray, avó de Pierrette.»

 “Pierrette” (pp. 23), Honoré de Balzac. Tradução de Pedro Tamen. Relógio D’Água.

[brasserie]

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